Rolinho: Uma das atrações do Parque Nacional da Canastra |
28 outubro 2010
Concluimos hoje a primeira etapa de nossa jornada. Durante três dias percorremos 300 km fotografando o Parque Nacional da Canastra e seus arredores.
É.
Esse nosso trabalho nos joga de encontro, toda vez, a uma mesma realidade sempre modificada.
É como se a vida fosse um filme que desdobra como num caleidoscópio.
É a mesma velha realidade pregando peças a cada movimento.
Eis aí o fascínio de se ser móvel. Volátil, volúvel, escutando vozes veladas. Vendo véus que não velam. Cachoeiras que só molham se você tiver coragem. É duro e é mole.
É um mister para quem não tem as obrigações inventadas, os deveres supérfluos e as desculpas esfarrapadas.
É coisa da natureza.
25 outubro 2010
15 outubro 2010
Daqui da barranca do Iriri, no coração da terra Kaiapó, sentimos os humores da floresta e a cálida umidade do rio.
Vejo que uma certa aridez de Brasilia ressecou minha alma que ficou tão penada e fraca que demorou mais de 24 horas para me alcançar.
Agora, esquálida e quase inerte, ela chega como que buscando asilo...
Recebo-a.
Meu coração e outros órgãos começam a dessincronizar e faz desaparecer a sensação de oco.
Um morno bafejo me envolve e me devolve a sensação de inteireza.
Acho que posso começar de novo a ser feliz...
Liana está comigo, dedilha meu ditado no computador a luz de velas.
Começam a aparecer algumas certezas no ar:
Lua nova, avermelhada. Pássaros desconhecidos, árvores coloridas cujo nome não sei mas nada disso nos perturba.
Estamos juntos aqui.
De novo aqui. Graças a Deus, aqui, pois daqui o limite é o céu.
Liana e eu.
Eu e Liana partilhando os mesmos sentimentos e retomando encontros com a esperança.
RF
04 outubro 2010
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