15 novembro 2010

Parque Nacional Grande Sertão, Veredas
Antes que reparem na minha roupa, devo dizer que ela é toda lavável e enxugável em poucas horas, mesmo embaixo de chuva. A camisa e o chapéu são ante UV. A camiseta sempre colorida é para atrair a atenção dos bichos, que ao contrário do que se acredita, não gostam de serem surpreendidos com grosseiras camuflagens, etc...

O acampamento pode ser montado quase que instantaneamente em qualquer lugar. Mesmo sem água corrente. Tudo que se precisa, tem.
Uma amostra das águas de vereda como as veria Monet...
O Grande Sertão é mesmo grande. E permanece sertão, (fora a parte que virou mardesoja) só que sem os personagens do Guimarães.
Os habitantes atuais são rudes, sem aquela cultura refinada e costumes imemoriais. O cavalo virou moto e o chapéu de couro virou boné...
Levamos cinco dias para fazer o percurso que o Guimarães levou mais de cinquenta...
Falarei mais disso oportunamente.
Rui e Liana

11 novembro 2010

Reserva Biológica do Jaíba
Jaíba, MG




Foto aérea de quem não tem helicóptero...

    Parque Estadual Verde Grande
    Matias Cardoso, MG
Eu, caçador de fotos...
Sempre abominei isso.
Sempre achei que a foto se insinuava, e que era ignóbil caçá-la.
Mas debalde...
Há que pagar a língua!
Rui

  Fico pensando...
  Como terão sido as matas originais da beira do São Francisco?
  Aqui, sobraram somente as barrigudas que não se aproveita a madeira.
Liana



09 novembro 2010

Mata Seca




Hoje é meu aniversário. Estou recebendo como presente uma estadia no Parque Estadual Mata Seca.
Já estava acostumado com um caminho cheio de pedras. Tirava de letra. Aqui fui jogado num espinhal. Há espinhos para todos os gostos. Micro espinhos, espinhos agulha, unha de gato, cactos de todos os tipos e macro espinhos como os das barrigudas. Espinho de paineira, espinho de braúna, espinho de uma miríade de cactos. Parece que todas as plantas aqui são espinhentas. Você sai da pedreira e cai no espinhal…
Não sei como explicar a minha felicidade e gratidão por esse belo presente de aniversário.
É pedreira, cipoal, espinhal, lamaçal, mosquital, carrapatal, o silêncio ensurdecedor e essa solidão uterina do carinho da natureza que me faz diferençar as realidades...
Sou grato.
Rui



Hoje é aniversário do Rui.
Saímos ontem do Peruaçu e fomos dormir no Hotel Nacional em Itacarambi. É o hotel do seu Jairo, e ele cuida de tudo pessoalmente.
Jantamos um tambaqui frito no Zé do Peixe.
Hoje cedo, passamos na feira, compramos bananas e saímos de Itacarambi rumo ao Parque Estadual Mata Seca. Percorremos 64 km em cinco horas.
Nesse momento, estamos só nós dois na sede do Parque. Uma casa velha de fazenda, que o povo do Parque, sem recursos, vai mantendo do jeito que é possível.
Espantamos pelo menos 17 caranguejeiras que disputavam nosso espaço...
O almoço de aniversário foi arroz com sardinhas em lata.
Liana
Cavernas do Peruaçu


Após anos arrodeando e desejando conhecer as Cavernas do Peruaçu, finalmente atingimos o objetivo.
Lá, nas pedras escorregadias, não se tem, de modo nenhum, direito a escorregões...

As formações de pedras gigantescas são como como brasas dormidas no tempo. Com um pouco de abstração vê-se o cataclismo que gerou tudo isso… É portanto, uma viagem no tempo. Um tempo atemporal que nos remete às emoções mais densas, as que fazem suar as mãos!


Um carrapato se acarrapatou bem na minha pálpebra esquerda, fazendo inchar meu olho que já andava prejudicado pelo fato de, no primeiro dia de viagem ter inutilizado meus óculos. É bom não usar óculos, desde que você se abstraia quanto a sua necessidade! Foi bom. Fiquei parecido com o John Wayne…

Por falar em tempo, a Liana acha que o modernismo já existia há cerca de 12.000 anos. Tá aí o exemplo:








04 novembro 2010


Parque Nacional das Sempre Vivas debaixo de muita chuva!



     


Sobre esse Parque há muito o que dizer. Falaremos mais oportunamente. Estamos numa brecha de internet e não dá para estender. 
A Serra do Cipó tem esse nome por causa do rio Cipó e o rio Cipó tem esse nome por casa da sinuosidade dele que se assemelha a um cipó. 
Lembra a gente do cipoal. 
Mas não o de Brasília...