28 março 2012


Pai

Dai-me fome para eu comer o garfo da vaidade e arrotar suspiros.
A vaidade é real.
Viver na real é maçante, repetitivo.
Fantasia e ilusão é que fazem a alegria das crianças.
Elas, que são protegidas por anjos e não estão nem aí para a realidade!
Dai-me simplicidade para eu revelar o nada!
Dai-me talento para eu ser um fantástico negociador de ilusões ao invés de pai vaidoso e certinho.
A realidade é o alimento das vaidades!
A ilusão também, mas viver na ilusão é mais palatável!
Pai, passa de mim as responsabilidades, os “trabalhos sérios” e me aguarde no paraíso.
Alguem aí, cuida de mim?
Doce ilusão!